Corpo só.
Ouço o som que vem de mim Molhada, na chuva que descreve meus pensamentos Sozinha, mas repleta de ti Sucumbindo aos desejos da carne Me perco, me acho...t encontro Solta, e tuas vestes rasgadas Tua pele suada São imagens Lembranças Olhos noturnos, apertadinho contra minhas maneiras Mãos que me seguram, me afagam São sombras de bons momentos Atiçada, correndo para o braços desconhecidos Sou fabula Contos nada infantis De grosserias que invocam Provocam...nao matam Nem machucam Envolvem e descartam Numa inconstância que faz vibrar minhas sensações Dedilho, ansiosa E te miro, te devoro Nas palavras bem ditas E nas malditas Sou o mal que te corrompe E te doutrina Quero sugar de ti o prazer de ser um E ser todos Num corpo só